A supressão do quinte de violon da orquestra da Ópera de Paris e suas implicações nas revisões de coros de J.-B. Lully no século XVIII
Palabras clave:
Orquestra da Ópera de Paris, Armide, tragédie en musique, Jean-Baptiste Lully, François Francoeur, François RébelResumen
Neste texto discutimos a influência dos novos cânones orquestrais da Ópera de Paris no repertório de J.-B. Lully, revisto por F. Rébel e F. Francoeur em meados de 1750-60. Centrando nossa discussão nas parties de remplissage, propomos que a definição dos modelos orquestrais dependia das práticas composicionais, e não apenas da constituição física do ensemble. Dessa forma, observamos a coexistência de modelos orquestrais em um mesmo repertório, equilibrados entre a tradição e a inovação. Por meio dos coros de Armide, de Lully (1686), revistos por Francoeur (1761), demonstramos que dentre as alterações da orquestra no século XVIII estão a reorganização das partes intermediárias, a criação de lacunas sonoras e a modificação da estrutura e sonoridade gerais.